quarta-feira, 6 de outubro de 2010

La Vie en Rose

"Heureux, heureux à en mourir."

Feliz, feliz até morrer.


Assim como fala a música aí do título, era exatamente assim que eu estive a semana passada.

Mas também, como não estaria?

Eu fui para a França (o que já é uma exclamação em si só)! Para (re)encontrar o Tu, a Iara e a Marie (merecem três exclamações)!!!

Como já se era esperado, eu estava contando os dias para chegar o dia dessa viagem. Primeiro, porque a saudade do Tu estava apertando muito! Depois porque estando no Leste, eu estou numa Europa muito diferente (diferente, não estou dizendo ruim), e já estava sentindo falta da Europa do Oeste. (OBS: Eu sempre me lembro do Mágico de Oz nessa conversa toda de coordenadas geográficas européias...).

Esta já é a minha terceira vez no continente e mesmo sem querer, eu sempre acabo pisando na França. Dessa vez, para retribuir uma visita muito importante da Marie no Brasil no ano passado. Tamanho foi o esforço que ela fez para nos visitar, que mesmo não estando financeiramente tão bem assim, nós também fizemos um grande esforço para visitá-la por um diazinho e meio só. Que valeram a pena sem dúvida!

Enfim, a viagem finalmente começou depois de dormir quase nada em Sofia por conta do meu inimigo número 1: pernilongos. E lá estava eu no aeroporto às 4 horas da manhã de uma bela quarta-feira. Como já era esperado, dormi feito uma pedra durante o vôo, sendo acordada pelo coleguinha francês do lado na hora do lanche. E que lanche! Tinha até Danoninho, e não só 1, 2! La Vie en Air France já estava boa demais!

Chegando em Paris, hora de esperar conexão para Lyon e dou de cara com um Paul. Não uma pessoa, uma confeitaria original do norte da França (se eu não me engano de Lille) fundada em 1889 que a Marie nos viciou em 2007. Era só ver um Paul que Tu, Diogo e eu saiamos correndo (e falando Paul, Paul, Paul) para comer um Pain au Chocolat ou qualquer outra coisa de lá. Bem, 4 dias na França mereciam um exagero calórico, então lá fui eu para a minha primeira experiência gastronômica e com a língua francesa.

Resultado: positivo! Descobri que depois do Búlgaro, eu sou quase fluente em Francês! Não só pedi uma Quiche Lorrainne como pedi para esquentar (a Marie ficou muito orgulhosa de mim!)

No vôo para Lyon, desmaiei de sono novamente. Fui acordada novamente para o café e a minha coleguinha do lado me interrompeu nos desenhos do cartão postal para me mostrar o Mont Blanc! Lindo e reluzente sob o sol. Uma memória marcante... mas pena que já não podia mais tirar fotos.

Chegada tranqüila em Lyon, umas horinhas esperando o Tu e, finalmente, felicidade em lágrimas! Como a saudade mexe com a gente! Tanto assunto e tanta coisa para contar, fim de uma monografia para comemorar, preocupação com a outra para cobrar... Foi assunto atrás de assunto para a não compreensão geral do taxista. Mas o endereço foi em francês direitinho para não ter perigo de ir para o lugar errado.

Já no destino, ele fez questão de mostrar até a porta do apartamento da Iara. Em vão. Depois de ter falado que o prédio era em frente de um posto cinza, mas que na verdade era verde, ela passou o nome errado que estava escrito no interfone. Nada de Schmidt e para o desespero do Tu (e das suas malas), demoramos uns 10 minutos para encontrar o Fonseca! Hehehe... Fica a dica para os próximos a visitarem a Iara, viu?!

Brincadeirinha! Na verdade, a estadia foi ótima! Foi muito bom passar um tempinho curtindo uma amizade tão antiga, contando histórias, rindo, lembrando de coisas tipo "Religião com Bezourão"! Foi ótimo também conhecer (finalmente) o Caíque, conversar acompanhados de um bom vinho e provar uma comidinha dele também.

Próximo dia, dia de descanso e passeio. Andar por Lyon foi ótimo, para conhecer a cidade, para sentir o cheiro e os sabores da França, para matar as saudades, para lembrar de um monte de coisas, e principalmente da Clarinha!

E não sei se foi sorte ou o que foi, mas não topamos com nenhum francês grosso. Eu sempre começava as conversas nas lojas com um "Je ne parle pás très bien Le français, vous parlez anglais?" (as vezes com certas palavras em inglês no meio), e achei um monte de gente simpática para arranhar o inglês afrancesado comigo!

O nosso único problema foram as máquinas de passagem (seja de trem, de metro ou do Rhone Express) elas não gostavam da gente, do nosso cartão de crédito, e do nosso dinheiro. E a gente nunca tinha moedinhas suficientes para alimentá-las.

A passagem rápida por Lyon terminou com um passeio na La Fourviere e no Teatro Romano com Iara e Caíque, e bôra para Avignon.

Depois de uma pequena espera, já me vi acenando para a Marie! Que saudade que a gente estava dela também! De andar devagar e ter que sair correndo atrás dela no meio da rua, de ouvir Tuliô, de lembrar da época do Porto. Noite regada à comida francesa, vinho francês, em um restaurante francês e com uma amiga francesa não tem preço!

Em Avignon, conhecemos também o Palácio dos Papas, onde se estabeleceu a sede da Igreja Católica no século XVIII.

Indo para casa, em St. Saturnin Les Avignon, fomos conhecendo partes do cotidiano dela: a aula de salsa, a universidade, a casa em que ela morava e finalmente a sua cidade e casa atual. E o sofá-cama, comprado especialmente para as primeiras visitas que ela recebia.

No outro dia, cidadezinhas atrás de cidadezinhas para conhecer a região. Le Nouveau Chateau Les Avignon para ver a sua escola, Isle sur Sorgue, Gordes, Murs, Roussillon e Senanque. Um grande tour na região da Provença, conhecida também pela Lavanda, pela produção de Azeitonas e Óleo de Oliva, de vinhos, etc.

Comida boa, ótimas companhias, mas infelizmente, hora de ir embora. Despedida triste, sem previsão do reencontro, TGV primeira classe mais barato que segunda, e borá para o aeroporto, na primeira noite dormindo em um desses estabelecimentos. A tentativa de não dormir não funcionou muito, então a opção foi dormir na capela, onde pelo menos não tinha mensagens automáticas no sistema de som a noite toda.

De madrugada, a mais difícil de todas as despedidas. Não uma despedida, um até logo muito dolorido através do vidro da sala de embarque. Mas feliz de ter passado uns dias antes, com planos de uns dias depois reencontrar em terras geladas do norte.

Feliz, feliz até morrer.

E o resto serão outras histórias aqui!

*(eu tento evitar os posts muito tipo diário, mas tem muita gente querendo ler relatos bem detalhados dessa viagem)
 






















9 comentários:

  1. As fotos ficaram mesmo lindas, a viagem teve excelente companhias e inacreditáveis aventuras gastronômicas, algumas não tão boas pra mim. hehehehe...

    Mas o mais importante é: "Tu speak anglais?"

    Beijos

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  2. Tu, onde está você? Que comenta mas não esta online lugar nenhum! hehehe!

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  3. Eita que teve bom demais da conta sô! rs ... fiquei emocionada... a saudade mexe com a gente mesmo Thaty ! Mas fique sabendo : vc é sempre bem vinda :) volte sempre ! bjim ... Iaiá

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  4. nossa Thaty, ficou muito bom!!!!! vc devia ser escritora....

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  5. Cá, sabe que isso me passa pela cabeça de vez em quando mesmo...
    Eu só preciso usar melhor as vírgulas! Mas depois que eu escrevo (e leio) me dá uma preguiça de consertar! hahaha...
    Beijos

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  6. Iaiá! Por mim nem embora eu tinha ido! Essa sua terrinha é boa demais! Hehehe... Adorei a recepção toda! Beijos

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  7. hhahahaha também lembro muito de Mágico de Oz! Adorei suas aventuras pela França, as fotos estão lindas!

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  8. e os desenhos do cartão postal ficaram lindos! ;)

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