quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Se alguém perguntar por mim..."

"... diz que eu fui por ai!"

Mais exatamente: Grécia, Finlândia e Turquia.

Mando notícias no caminho!

Até ;D

sábado, 23 de outubro de 2010

Quatro Estações

Eu só tinha viajado para o hemisfério norte no verão.

Quando eu morei em Portugal, tive uma provinha do fim do inverno e me maravilhei com o despertar tão notável e tão poético da primavera.

Agora estou maravilhada com o outono! Um poema mais contido... mais a minha cara!











segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Hug Your Nature

Olá!

Para quem se pergunta o que eu vim fazer na Bulgária, a resposta é participar do projeto HUG YOUR NATURE, promovido pela AIESEC de Blagoevgrad.

http://blagoevgrad.aiesec.bg/blog/?lang=en

(No link está o depoimento que eu deixei para o Blog da Aiesec Blago, mas se vocês continuarem fuçando no site, vocês encontram mais informações sobre a organização aqui!)

A proposta que me motivou a vir para esse fim de mundo, era para ensinar sobre meio ambiente para alunos do ensino fundamental e médio e, no meio do caminho, falar também sobre o meu país: cultura, história, língua!

Eu e a Mayuko trabalhamos na Escola Soiche (acho que é assim mesmo que escreve em alfabeto normal), com as turmas de 7ª, 8ª e 9ª séries.








Lá, tivemos a chance de conhecer pessoas ótimas, dentre alunos e professores, além de ter mais contato com a cultura e cotidiano da Bulgária.









Tivemos o maior trabalho para preparar e ministrar as aulas, mas no fim, mesmo com todas as pedras no caminho, valeu muito a pena! Principalmente, porque eu descobri que eu gosto de dar aulas, sim! Mesmo que os interlocutores não falem a minha língua e nem eu a deles! =)









Vou sentir falta de acordar de madrugada e de ouvir aquele som que só escola tem!

sábado, 16 de outubro de 2010

さようなら - Sayōnara

Ontem, a Mayuko foi embora!

E ontem mesmo ela já fazia uma falta danada!

A gente combinou de não chorar, porque não ia ser um adeus, mas sim um até logo! Mas as 6 da manhã não dá para ver se cai uma lágrima no escuro...

Sou muito grata por ter tido a companhia dela na Bulgária comigo. Com certeza foi uma das razões de ter deixado tudo tão mais divertido! E agora eu tenho uma grande amiga no Japão!

Quem sabe vocês não lêem histórias sobre lá aqui também daqui uns tempos?

=)



















terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sandanski

Oi Pessoal, eu dei as pistas para o próximo capítulo, mas não escrevi, né?

Eu não esqueci!

Eu realmente fui para Sandanski, mas não no sábado (eu estava exausta), mas no domingo!

Sobre a cidade, não há muito o que falar. Tava um clima bom de domingo, todo mundo na rua, solzinho bom nas costas!

As duas maiores curiosidades sobre a cidade é que falam que é a cidade natal do Spartacus, sabe, o da Grécia? Acontece que ele era búlgaro, na época em que a Bulgária era Grécia!

A outra é que a cidade é tipo Caldas Novas da Bulgária, um destino de resorts para aproveitar as termas da cidade!

Olha aí, tá tudo nas fotos (menos o Spartacus, porque eu não sou boa em tirar fotos equilibrando no corredor do ônibus em pé, na saída da cidade)

Tchau!













sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Melnik

O meu fim de semana na Bulgária começa na sexta!

A minha última aula acaba as 18:30 na quinta e depois, só segunda em um horário meio ingrato de acordar (a aula é as 7:30, mas para ficar pronta a tempo e andar quase 40 minutos até a escola, temos que acordar pelas 5:50).

Então, para aproveitar o último fim de semana da Mayuko aqui (nnããããooo!), resolvemos fazer uma programação intensiva para conhecer a região.

A primeira cidade escolhida foi Melnik. Desde quando eu cheguei, muita gente me recomendou ir para lá, porque é conhecida como a menor cidade da Bulgária e porque tem um monte de casas tradicionais búlgaras, além de restaurantes de comidas típicas e é onde se fabricam os melhores vinhos do país.

Fomos hoje, deciframos o código cirílico do ônibus e partimos com nossas blusas de frios e cachecóis!

Melnik realmente é pequena. Estima-se que menos de 400 pessoas moram lá. E a cidade é realmente bonitinha (confiram nas fotos)! Tem um rio que passa no meio, mas que ta seco, um monte de vendinhas de produtos típicos, uma formação de relevo muito legal. Mas como eu não tive Geomorfologia direito eu não sei falar para vocês o que é ou porque é daquele jeito =p Só sei que a rocha é sedimentar, porque ontem fui em um museu de Blagoevgrad e eles estavam dizendo que a maior parte das descobertas arqueológicas da região vem das rochas sedimentares de Melnik. As casinhas também são lindas, bem antigas e construídas em um sistema bem parecido com o nosso pau-a-pique(é assim mesmo?). Sabe, madeira, pedra, e barro?

Cinco minutos andando e você já consegue ver tudo. Tentamos encontrar alguns pontos turísticos que estavam no guia, mas isso implicava subir um caminho muito inclinado e escorregadio (por conta da chuva), que estava todo tomado por plantas e deserto demais para o meu gosto. A gente achou melhor tentar o resto das coisas.

Fomos então na Kordopulov Kusta, uma casa de arquitetura e decoração tradicionais da Bulgária, que quando foi construída tinha como objetivo ser também uma cave de vinhos. E lá, tínhamos direito a provar o vinho da casa. Fui toda empolgadinha, pedi para a Mayuko tirar foto e... o vinho era horrível! Tinha cheiro e gosto de fazenda (um eufemismo para vaca, esterco e curral). Sorte de vários amigos que eu provei o vinho antes de comprar, porque ia ser souvenir! Hehehe...

Para terminar, almoço em um restaurante local, provando uma comida tradicional búlgara. Detalhes da comida vão depois no post sobre culinária que eu estou preparando.

Cenas do próximo dia: Sandaski!

Até mais!


















quarta-feira, 6 de outubro de 2010

La Vie en Rose

"Heureux, heureux à en mourir."

Feliz, feliz até morrer.


Assim como fala a música aí do título, era exatamente assim que eu estive a semana passada.

Mas também, como não estaria?

Eu fui para a França (o que já é uma exclamação em si só)! Para (re)encontrar o Tu, a Iara e a Marie (merecem três exclamações)!!!

Como já se era esperado, eu estava contando os dias para chegar o dia dessa viagem. Primeiro, porque a saudade do Tu estava apertando muito! Depois porque estando no Leste, eu estou numa Europa muito diferente (diferente, não estou dizendo ruim), e já estava sentindo falta da Europa do Oeste. (OBS: Eu sempre me lembro do Mágico de Oz nessa conversa toda de coordenadas geográficas européias...).

Esta já é a minha terceira vez no continente e mesmo sem querer, eu sempre acabo pisando na França. Dessa vez, para retribuir uma visita muito importante da Marie no Brasil no ano passado. Tamanho foi o esforço que ela fez para nos visitar, que mesmo não estando financeiramente tão bem assim, nós também fizemos um grande esforço para visitá-la por um diazinho e meio só. Que valeram a pena sem dúvida!

Enfim, a viagem finalmente começou depois de dormir quase nada em Sofia por conta do meu inimigo número 1: pernilongos. E lá estava eu no aeroporto às 4 horas da manhã de uma bela quarta-feira. Como já era esperado, dormi feito uma pedra durante o vôo, sendo acordada pelo coleguinha francês do lado na hora do lanche. E que lanche! Tinha até Danoninho, e não só 1, 2! La Vie en Air France já estava boa demais!

Chegando em Paris, hora de esperar conexão para Lyon e dou de cara com um Paul. Não uma pessoa, uma confeitaria original do norte da França (se eu não me engano de Lille) fundada em 1889 que a Marie nos viciou em 2007. Era só ver um Paul que Tu, Diogo e eu saiamos correndo (e falando Paul, Paul, Paul) para comer um Pain au Chocolat ou qualquer outra coisa de lá. Bem, 4 dias na França mereciam um exagero calórico, então lá fui eu para a minha primeira experiência gastronômica e com a língua francesa.

Resultado: positivo! Descobri que depois do Búlgaro, eu sou quase fluente em Francês! Não só pedi uma Quiche Lorrainne como pedi para esquentar (a Marie ficou muito orgulhosa de mim!)

No vôo para Lyon, desmaiei de sono novamente. Fui acordada novamente para o café e a minha coleguinha do lado me interrompeu nos desenhos do cartão postal para me mostrar o Mont Blanc! Lindo e reluzente sob o sol. Uma memória marcante... mas pena que já não podia mais tirar fotos.

Chegada tranqüila em Lyon, umas horinhas esperando o Tu e, finalmente, felicidade em lágrimas! Como a saudade mexe com a gente! Tanto assunto e tanta coisa para contar, fim de uma monografia para comemorar, preocupação com a outra para cobrar... Foi assunto atrás de assunto para a não compreensão geral do taxista. Mas o endereço foi em francês direitinho para não ter perigo de ir para o lugar errado.

Já no destino, ele fez questão de mostrar até a porta do apartamento da Iara. Em vão. Depois de ter falado que o prédio era em frente de um posto cinza, mas que na verdade era verde, ela passou o nome errado que estava escrito no interfone. Nada de Schmidt e para o desespero do Tu (e das suas malas), demoramos uns 10 minutos para encontrar o Fonseca! Hehehe... Fica a dica para os próximos a visitarem a Iara, viu?!

Brincadeirinha! Na verdade, a estadia foi ótima! Foi muito bom passar um tempinho curtindo uma amizade tão antiga, contando histórias, rindo, lembrando de coisas tipo "Religião com Bezourão"! Foi ótimo também conhecer (finalmente) o Caíque, conversar acompanhados de um bom vinho e provar uma comidinha dele também.

Próximo dia, dia de descanso e passeio. Andar por Lyon foi ótimo, para conhecer a cidade, para sentir o cheiro e os sabores da França, para matar as saudades, para lembrar de um monte de coisas, e principalmente da Clarinha!

E não sei se foi sorte ou o que foi, mas não topamos com nenhum francês grosso. Eu sempre começava as conversas nas lojas com um "Je ne parle pás très bien Le français, vous parlez anglais?" (as vezes com certas palavras em inglês no meio), e achei um monte de gente simpática para arranhar o inglês afrancesado comigo!

O nosso único problema foram as máquinas de passagem (seja de trem, de metro ou do Rhone Express) elas não gostavam da gente, do nosso cartão de crédito, e do nosso dinheiro. E a gente nunca tinha moedinhas suficientes para alimentá-las.

A passagem rápida por Lyon terminou com um passeio na La Fourviere e no Teatro Romano com Iara e Caíque, e bôra para Avignon.

Depois de uma pequena espera, já me vi acenando para a Marie! Que saudade que a gente estava dela também! De andar devagar e ter que sair correndo atrás dela no meio da rua, de ouvir Tuliô, de lembrar da época do Porto. Noite regada à comida francesa, vinho francês, em um restaurante francês e com uma amiga francesa não tem preço!

Em Avignon, conhecemos também o Palácio dos Papas, onde se estabeleceu a sede da Igreja Católica no século XVIII.

Indo para casa, em St. Saturnin Les Avignon, fomos conhecendo partes do cotidiano dela: a aula de salsa, a universidade, a casa em que ela morava e finalmente a sua cidade e casa atual. E o sofá-cama, comprado especialmente para as primeiras visitas que ela recebia.

No outro dia, cidadezinhas atrás de cidadezinhas para conhecer a região. Le Nouveau Chateau Les Avignon para ver a sua escola, Isle sur Sorgue, Gordes, Murs, Roussillon e Senanque. Um grande tour na região da Provença, conhecida também pela Lavanda, pela produção de Azeitonas e Óleo de Oliva, de vinhos, etc.

Comida boa, ótimas companhias, mas infelizmente, hora de ir embora. Despedida triste, sem previsão do reencontro, TGV primeira classe mais barato que segunda, e borá para o aeroporto, na primeira noite dormindo em um desses estabelecimentos. A tentativa de não dormir não funcionou muito, então a opção foi dormir na capela, onde pelo menos não tinha mensagens automáticas no sistema de som a noite toda.

De madrugada, a mais difícil de todas as despedidas. Não uma despedida, um até logo muito dolorido através do vidro da sala de embarque. Mas feliz de ter passado uns dias antes, com planos de uns dias depois reencontrar em terras geladas do norte.

Feliz, feliz até morrer.

E o resto serão outras histórias aqui!

*(eu tento evitar os posts muito tipo diário, mas tem muita gente querendo ler relatos bem detalhados dessa viagem)