sábado, 25 de maio de 2013

Revival

Meu nome é Thaís e hoje eu acordei com saudades do Porto. Confesso!

Abri o olho e imediatamente pensei "todo cais é uma saudade de pedra". E isso é puro Porto.

Mas pensando bem, não é só do Porto, é de estar por aí... mochila nas costas, passaporte na mão, inglês, espanhol e francês na ponta da língua.  

Fazendo uma application por ai (nesse mundão online), tinha que indicar um link que tem a ver comigo. E acabei chegando aqui. E como é bom reler essas histórias... até esqueci de terminar o formulário. E como fico pensando que eu devia sentar e escrever tantas outras...

Enfim, acabei lembrando que o primeiro dia do Porto, teve uma história escrita. E, me desculpem Túlio e Diogo, tive que publicar (na íntegra, sem revisões), na reabertura desse blog!!

Boa viagem!



Terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Querido Diário de bordo: estamos a caminho de uma grande jornada, uma grande aventura, e porque não dizer de uma epopéia em nossas vidas, pois... com todo respeito, puta-queo-pariu, estamos embarcando em grande estilo (segue explicação) para seis meses de experiências que marcarão nossas vidas, acadêmicas e principalmente, vidas!
Antes, rola um flashback (lê-se também: “bundinha do diogo”, para os BRO entendedores). Tudo teve início quando em uma conversa informal entre amigos, nós três planejamos um dia atravessar o velho mundo com uma mochila nas costas e muita coragem no peito. Contudo, contra a nossa vontade, esses planos pareciam cada vez mais distantes, pois além de todas as contravenções que nos impediam... PORRA, UM euro é três real fí... FODA!
Mas, entretanto, no entanto, contudo e todavia, a UFU milagrosamente junto a uns lusitanos pra lá de portugueses, de uma desconhecida Universidade do Porto, firmaram um lindo acordo de “mobilidade internacional”, que mostrou luz no fim do túnel a essas in-felizes criaturas \o/\o/\o/.
Thaís, como toda mocinha, foi a primeira a saber dessa possibilidade e logo nos contou tal novidade, para que enfim realizássemos nosso sonho. Assim sendo, fizemos nossa inscrição certos de uma resposta breve e achando que tudo seria simples e bonitinho. Mas, tal resposta não chegou, e enquanto esperávamos, comemoramos natal e  pulamos um ano inteiro em sete ondinhas, e acabamos esquecendo dos planos de outrora. Dois meses depois, lá pelo começo de janeiro, o telefone toca e a Mayta (já, já, será apresentada) confirma o sucesso da nossa proposta de inscrição (do quê mesmo? Ah é... Portugal) na UP. A partir desse dia, tudo que era lindo e esquecido, ficou corrido, suado e no sufoco e apertado. Você consegue tirar seu passaporte, um visto de estudo, seguro de saúde internacional, passagem, carteirinhas de estudante, comprar as roupas e ainda se despedir de meia Uberlândia, tendo que ir a Belo Horizonte por um fim de semana em uma estrada que tinha desvio do desvio e alguns buracos nos buracos e com asfalto atrapalhando os buracos em menos de um mês? Ah... sem tirar o fato de estarmos ainda em aula e ao mesmo tempo antecipando o nosso fim de semestre. Provas, trabalhos e similares, pra que bobo? Coisa atôa... você faz nas madrugadas vazias!
E foi em meio a correria e falta de noites bem dormidas (dormidas? O Elvis que o diga) que confirmamos nossa vinda, e garantimos seis meses em um mundo mais antigo que o mundo. Cara... aqui tem cadeiras e cupins mais velhos que o Brasil! IMAGINA SÓ!?!
Tá, esse foi o mês que antecedeu a grande jornada. Enfim, chegamos ao dia 13 de fevereiro, mais precisamente às 7:00 da manhã, no aeroporto intermunicipal de Uberlândia, nós e mais uma penca de trouxa (os quais amamos muito) que tiveram o bom coração de acordar tão cedo pra um último abraço por um bom tempo. Abraços, beijos, fotos (alguém ensina a Sandra fotografar!?!), choro, melancolia (nessa hora tocou Simple Plan... chuta que é EMO), conselhos (Povo: - Thaís, cuida desses meninos direitinho, tá?) e até um xuxu pro Túlio marcaram presença. O tempo estava ótimo em Uberlândia. Oito e meia embarcamos, era um 1113, motor mercedes, carroceria da Marco Polo e da Nacional Expresso! Isso mesmo, era um ônibus (como toda viagem internacional começa, principalmente ao Paraguay). O clima em Uberlândia estava tão fechado que tivemos que fazer uma conexão rodoviária com Uberaba para podermos embarcar até São Paulo. A viagem até Uberaba, como sempre, foi interminável e tranqüila. Em Uberaba rapidamente embarcamos rumo a Congonhas, e dali partimos para Guarulhos. No aeroporto, após fazer o check-in e os dois garanhões aqui ganhar todo o charme da comissária de chão da TAP, Luíz, que é papai da Thaís, nos acompanhou a uma última Pizza Hut em território nacional, a qual comemos de graça, pois esperar mais de 40 minutos uma pizza e ainda ter carteirinha de desconto e um empresário na jogada é um a zero pro freguês. Gooooooooooool!
Pouco tempo depois, uma fila, um detector de metais com direito a raio-x, um escocês a caráter, um perfume, um cancelamento de celular, uma senhora simpática a caminho de Miami, e despedidas no orelhão, embarcamos no vôo TP192 rumo a Porto. No corredor de embarque descobrimos que o lusitano projeto de intercâmbio não se limitava a Universidade, e se estendia a todas as outras universidades de nosso país. Ali mesmo no corredor, além do Augusto que se juntou a gente, conhecemos a Gabriela, que faz direito na Mackenzie e ainda é namorada do filho do amigo do Serra. Muinta treta, mano!

O Airbus da TAP é uma gracinha. Tinha até telinha que passava filminhos pra distrair. Mas as poltronas da classe z não eram nada convidativas e fizemos uma viagem em estilo sardinha: unidos venceremos. O Sr. Rodrigo e seu companheiro Lobo foram bastante prestativos e bem humorados durante todo o vôo e nos serviram muito bem, até durante a madrugada (mas pensamos que essa era exatamente a função deles... ou não!?!). O Diogo conseguiu até uma faquinha da TAP de lembrancinha... e de metal! E assim foram 9h:50m de viagem atravessando o Atlântico, assistindo filmes e tentando dormir até pousarmos no Porto, já na quarta-feira, bem pela manhã.    


Hasta babys! 

Beijos e Abraços, Thaty

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